Uma era tenra
Outra, gentil.
Uma, de tudo sabia
Nem tudo fazia.
Uma escumava quando ralhava
Outra era só sorriso.
Uma olhava netos,
Outra, era estéril.
Não fervia suas coxas
Nem despertava ancas loucas.
A de preto era estilista.
Embriagava-se de modas.
A outra era desleixada
Trazia em seu corpo
Retalhos de organza.
Uma era de caviar
Outra, nem ovos sabia fritar.
Repentinamente se ergue
Montanha acima
A que de guerra entende.
Vem como de deuses, armada.
Contraditoriamente, não atira,
Nem dá com facas nos dentes !
Tem unhas pintadas e boca de batom.
Ri como criança
Marcha como mulher.
De tez clara
Faz reflexiva sua fala.
Às vezes de olhar triste
Mui raramente
Embriaga-se com vicios de anjos
Servidores de Deus, arcanjos.
( aqui : Arqui, anjo )
De tanto anjo ser
Vem à cavalo o destino correr.
Embraça com olhos marejados
O pobre, o douto. Ao erário, evita !
Se veste de abraços
Das fragilidades, nem sequer fala.
Sobre quatro patas de cavalo
Torna leite em sustança
Adquire, manda, reproduz.
Se a ama não tiver leite
Faz do sereno sustento.
Leva cativo nutrido
Põe em seus lábios deleite.
( contemporanizando o Canto de Débora – juizes 5 – mormente à minha “Débora”.
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